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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

O golpe que parece mais uma seita fanática

Preste atenção no depoimento abaixo.
Parece ou não aqueles "depoimentos" das madrugadas em programas "religiosos?


A armadilha está montada.
Fórmula de sucesso: moça bonita+história de sucesso=novos adeptos.
Agora leia atentamente o depoimento de um ex-convertido do sistema.

"A minha breve e decepcionante história na Forever Living começa com um convite de um amigo de longa data, que então se encontrava na posição de gerente alcançada em 2 meses, muito pouco tempo para obter grande sucesso, se compararmos aos meus 18 meses de sofrimento e suor que ainda estariam por vir.
Depois de muito tentar fazer a coisa certa, honestamente, e de muito tentar não ficar com um certo ódio desta empresa, eu resolvi abrir esse meu pequeno baú com algumas informações que colhi, e que espero possam ajudar outras pessoas a não entrarem nesta roubada!

A reunião (entrada da arapuca)

Eu logo fiquei espantado com a grandeza aparente do negócio e sua organização: as reuniões das quais participei são feitas duas vezes por semana em uma sala alugada de um grande colégio particular de minha cidade, com o intuito de dar mais credibilidade ao negócio. Nas reuniões presenciamos vários depoimentos de pessoas que supostamentecuraram doenças terríveis, e outras que conseguiram ficar ricas da noite para o dia.
O início (o começo do fim)
O palestrante usa vários filmes de motivação, associados a uns clipes realmente empolgantes, tentando vender ao máximo a idéia de que a Forever é uma empresa excelente; ele adestra os demais a sempre falarem “excelente” quando se fala do negócio.
Como exemplo, cito um vídeo que fala sobre a saúde do intestino, passado no início das reuniões, com o objetivo de provocar grande impacto nas pessoas. E acreditem, 80% dessas pessoas já saem de lá com a intenção de, no mínimo, comprar alguns caros produtos.

A motivação (a venda nos olhos)

Nos bastidores do negócio, começamos a lidar com situações que infelizmente somos levados a não nos importar: os gerentes falam que para seduzirmos outras pessoas a entrarem no esquema temos que mostrar diversos vídeos motivacionais. Com isso, as pessoas cairiam em nossas mãos, porque “a saúde sempre vem em primeiro lugar”, e ninguém quer morrer à toa, pelo fato de não ter tido acesso a uma nutrição ideal.
Aliada à sedução pelo bem-estar que os produtos proporcionariam, nós teríamos que transmitir a idéia de sucesso a qualquer custo para os prospectos, ensinando-os a fazer a mesma coisa com os seus futuros downlines.
Somos induzidos a não pensar pequeno lá, e quando uma pessoa é convidada e decide entrar, eles incentivam a comprar logo os dois caixas créditos (caixa crédito é a moeda de medida para alcançar objetivos dentro da empresa).
A partir desses dois caixas créditos acumulados dentro de dois meses, a pessoa se tornaria “assistente de supervisor”, e teria a possibilidade de poder cadastrar/recrutar, daí em diante, novas pessoas para compor a sua “rede”, fazendo assim “a carruagem andar” (até hoje eu não sei se fui o “burro” ou a “carroça”). O Caixa crédito tem o valor de 400,00, podendo variar um pouco mais ou um pouco menos, dependendo dos produtos relativos aos seus respectivos pontos. Portanto seria obrigação gastar 800,00 reais em dois meses para chegar a tal posição.

A escolha (vários caminhos a seguir)

Só que a empresa não está nem aí para o consumidor, pois vende produtos caríssimos e usa desde o ano de 2006 a taxa de câmbio/dólar a R$ 2,20 como um dos parâmetros para justificar o preço dos produtos. O dólar hoje varia entre 1,70 e 1,80, então porque não baixar o preço dos produtos também, se o dólar desvalorizou-se de lá pra cá?
Eles não querem fazer isso, porque já pensaram ter que baixar de 30 a 40% os cheques dos gerentes?
Afinal os cheques deles são baseados na movimentação de toda sua rede ou arapuca, assim podemos falar. É claro que eles querem manter a imagem de negócio em crescimento, não importando se o produto está baseado na cotação do dólar a 2,20 e não em uma cotação a 1,70, tal como na atualidade.

As ordens (ou vai ou desce!)

No sistema Forever os gerentes incentivam todos a se transformarem em “supervisores”, uma posição acima do status pra se iniciar o negócio, que é conseguida comprando-se quatro caixas crédito no valor de R$1.600,00, nem que você tenha que usar o seu limite do cheque, cartão, financiamentos, empréstimos a até agiotas para poder comprar mais produtos.
É muito sombrio investigar esse tipo de negócio, pois vemos que há um respaldo da lei em relação a estas empresas, e nós infelizmente somos pequenos demais para combater.

Outros relatos (revista Época)

Existe muita coisa para ser falada desta firma: a história dos produtos curarem até Aids, como está escrito em uma matéria da revista Época, realmente é verdadeira. Nas reuniões se fala que o uso dos produtos (Aloe Vera) em pacientes soropositivos faria um certo efeito, mantendo o HIV controlado, não curaria, mas deixaria ele estabilizado.
Nas reuniões os gerentes falam tantas coisas para as pessoas, que elas acreditam cegamente neles sem ao menos pesquisar depois para certificarem-se da veracidade do que é falado pelos gerentes.
Usam o nome de pessoas conhecidas nacionalmente como consumidores desses produtos, como o uso da geléia real da Forever Living pelo apresentador Sílvio Santos e a atriz Suzana Vieira, no intuito de justificar a pele tão bonita dos mesmos apesar da idade avançada.
Quem garante isso? Quem garante que essas pessoas fazem esse uso? Pois é, as pessoas saem de lá acreditando nestas e outras lorotas.

Os testes (ilusionismo dos conhecimentos)

Eles fazem uma demonstração do produto Omega 3 nas reuniões, colocando em um copo descartável um pouco de água quente juntamente a uma cápsula do produto; passados 5 minutos, o copo é derretido pela ação do produto, só que ai vem o pior, eles dizem para as pessoas não comerem mais margarina, pois a margarina e o copo plástico são feitos do mesmo composto!!!! É só a forma de produzir o composto que é diferente.
Estudando um pouco qualquer pessoa percebe que isso é uma farsa, pois na verdade a margarina é feita de óleos vegetais como o milho, soja, girassol, e os copos são derivados do petróleo, feitos com POLIESTIRENO ou com POLIPROPILENO, mas para todos que estão na reunião aquela demonstração é verdadeira, e eles são adestrados para falarem a mesma coisa nas casas de seus clientes, a maioria composta por pessoas humildes, induzindo-os a comprar geralmente a quantidade de produtos para um suposto tratamento de 1 mês (ou seja, dá a idéia de que o produto funciona como remédio e que possui potencial curativo, sendo que ele está registrado na ANVISA na categoria suplementos alimentares).
Isso sempre fica em torno de 200 a 400 reais, dependendo do problema que a pessoa tenha.
Cada produto é demonstrado de uma forma diferente, a fim de causar impacto nas pessoas; eles procuram sempre a melhor maneira de tentar assustar ou bestificar seus futuros recrutas/consumidores.

O sucesso (faça o que eu digo, faça o que eu faço)

A verdade é a seguinte: nestas empresas você só se dá bem se usar ao máximo a falsidade, enganar as pessoas, e ter a capacidade de se apresentar teatralmente perante o público. Os gerentes bajulam nas reuniões as pessoas que enxergam ser futuros “mercenários dos negócios”, com potencial e pensamento parecidos aos deles.
Sempre no meio das reuniões fazem elogios melosos aos queridinhos de suas redes, pra incentivar os demais que estão no negócio (mas estão desanimados ou receosos) e os visitantes a darem o máximo de si, para chegarem pelo menos na posição de “braço direito” do gerente.
Aqui cabe a você decidir se vai querer ser igual a eles, ou tentar trabalhar de outra forma e quebrar a cara como a maioria por aí. Ainda bem que eu enxerguei o verdadeiro negócio a tempo, e pude diminuir os meus prejuízos.

A fuga (as minhas desculpas)

Peço desculpas à minha família, que por muitas vezes foi alvo de discussão e brigas por causa desta empresa. Eu realmente estava me tornando uma pessoa antipática, perdi alguns amigos, e com as dívidas que adquiri fiz alguns inimigos; perdi até meu carro, pois já não agüentava mais a bola de neve advinda dos juros dos empréstimos que fiz pra sustentar minha posição no plano de marketing da empresa, enquanto lá estive. Com a venda do carro (R$ 20.000,00) eu pude pagar os débitos, sobrando apenas minha moto para usar no dia-a-dia.

A liberdade (eu era feliz e não sabia)

Como é bom andar de motoca pela cidade!! Tenho muito orgulho de poder ter comprado ela honestamente, e não com o dinheiro sujo que cai nas mãos dos gerentes fajutos… muitos carrões de luxo, e eles não se cansam de desfilar pela cidade dizendo que conseguiram sua liberdade financeira, só que á custa de enganações e traições a um monte de gente.
Mas é assim mesmo, a vida tem dessas coisas, e eu sempre procurei o melhor pra mim, não vou desistir de meus sonhos e nem de tentar acordar do pesadelo algumas pessoas que entraram nessa e ainda não enxergaram o verdadeiro negócio. Agradeço a atenção de todos e digo que eu não tenho nada contra os americanos, tenho sim contra esta empresa americana e seu sistema, que por sinal esta bem calçada aqui no Brasil e possui uma fantástica e bem arquitetada forma de enganar as pessoas, tirando o dinheiro e o sossego delas. Espero que um dia isso acabe, e que realmente nossos governantes possam dar melhores condições de vida para nós, com saúde, educação, cultura e principalmente TRABALHO, para que muitas pessoas não caiam mais nessa de “liberdade financeira” soprada aos quatro cantos nos eventos da empresa e fora deles, pelos distribuidores alienados nela engajados!
Muito obrigado."
Para conhecer o autor do depoimento, clique aqui
Postagem original: Clique aqui! 
 E como reforço,assista o vídeo abaixo:

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