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sábado, 8 de outubro de 2011

44 anos atrás morria CHE GUEVARA

Neste ano recordamos os 44 anos da morte do revolucionário. 
No dia 8 de outubro de 1967, ele foi capturado após combate com o exército boliviano e homens da CIA, num vale conhecido como Quebrada del Churo.
Um dia depois de ser preso, Guevara foi executado no povoado de La Higuera.
A data do combate inspirou no Brasil a criação do MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de outubro), grupo de dissidentes do PCB (Partido Comunista Brasileiro), que durante a década de 1960, atuou na luta contra a ditadura civil-militar e por um Estado socialista brasileiro.
Em Cuba, o argentino foi um dos protagonistas da revolução que derrubou o ditador Fulgêncio Batista e fez da ilha – antes um quintal do jet-set estadunidense – uma nação soberana. 
A ilha caribenha passou a adotar o 8 de Outubro como o "Dia do Guerrilheiro Heróico". 
Após sua morte nas serras bolivianas, Che foi transformado em mito - o que ainda dá arrepios nos 'reaças de plantão' que há mais de 40 anos tentam intensamente manchar a imagem do revolucionário.
Para algumas vozes conservadoras e reacionárias, o argentino era um "frio assassino", um "mau estrategista", um "péssimo burocrata", enfim, sobram adjetivações.
A última delas e mais esdrúxula - que de praxe foi repercutida pela famosa revista semanal em suas páginas - é a "verdade inconveniente" de que Che Guevara cheirava mal por não gostar de tomar banho, o que lhe rendeu o apelido de "Chancho".
Quando se pretende deturpar fatos é interessante visualizar como a linguagem é empregada.
A trajetória de Che é uma amostra, mas temos como um dos principais exemplos o período da Guerra Fria, onde os 'inimigos' eram tachados de terroristas, guerrilheiros e rebeldes, e os aliados dos EUA, sempre 'combatentes da liberdade'.  
Deixando as deturpações de lado, Ernesto Che Guevara acreditava na revolução latino-americana e deixou um legado de solidariedade e voluntarismo, um compromisso com a luta pela libertação dos povos, revivendo grandes libertadores de nosso continente, como Bolívar e San Martin.
Nas palavras de Eduardo Galeano, "Che Guevara acreditava na revolução em seu doloroso processo, tinha fé na nova condição humana que o socialismo deveria engendrar". 
Ainda que isso incomode alguns, figuras como 'El chancho' seguem inspirando a imaginação, os sonhos e anseios das camadas que seguem sendo reprimidas e exploradas em nossa 'Pátria Grande'.


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